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21 maio, 2024

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CAAPR

Grupo de Teatro da CAAPR recebe homenagem por peça apresentada na Conferência da Mulher Advogada

Apresentação foi inspirada nas pioneiras da advocacia: Maria Rita Soares de Andrade, Myrthes Gomes de Campo, Walkyria Naked e Esperança Garcia, a primeira advogada brasileira. A médica paranaense Zilda Arns também foi citada durante a apresentação, abrindo espaço para um apelo pelo cuidado com as crianças, representada no palco pela menina Manuela Silva.

O Grupo de Teatro da Caixa de Assistência dos Advogados do Paraná (CAAPR) e o conselheiro federal Cezar Britto foram homenageados, durante a sessão do Conselho Pleno do dia 17 de maio, pela peça de teatro apresentada durante a Conferência Nacional da Advocacia.
O roteiro, escrito por Britto, foi inspirado nas pioneiras da advocacia: Maria Rita Soares de Andrade (interpretada por Eunice Martins e Scheer), Myrthes Gomes de Campo  (Denise Losso), Walkyria Naked (Juliana Andrade) e Esperança Garcia (Lena Correia), a primeira advogada brasileira.  A médica paranaense Zilda Arns também foi citada durante a apresentação, abrindo espaço para um apelo pelo cuidado com as crianças, representada no palco pela menina Manuela Silva.
“Tive a ousadia de consultar o presidente Cezar Britto sobre a possibilidade de escrever uma peça para apresentarmos na abertura da Conferência. E qual não foi minha surpresa ao saber que ele já tinha uma peça sobre o tema. Só era preciso adaptar, o que ele aceitou prontamente fazer, com sua generosidade e sua genialidade”, contou Marilena Winter, presidente da OAB Paraná. “Por onde andávamos nos dias da conferência e até hoje as pessoas se lembram do evento em razão da peça. Por isso vocês estão aqui hoje para receber a nossa gratidão e a nossa homenagem”, agradeceu.
“Essa peça é o esperançar de um futuro, representado em Manuela”, disse Britto ao agradecer homenagem e se referir à pequena Manu, que entrou no fim da apresentação erguendo um exemplar da Constituição Federal. “Ela bem representou todas as nossas esperanças de um mundo mais justo, fraterno e igualitário”, sintetizou o conselheiro federal.
Britto falou ainda sobre a importância do engajamento de todos os envolvidos. “Uma obra é só um amontoado de palavras até que ela nasça com as pessoas que dela participam e a constroem”, afirmou. “Quando há cumplicidade entre as pessoas, essa é uma maneira de fazer dar certo. Só tenho a agradecer”, finalizou.
“Quando vemos uma peça como essa, que fala de mulheres de fibra e de empoderamento feminino, percebemos que foi um grande acerto iniciar esse projeto do teatro aqui na Caixa, o que ocorreu há alguns anos, ainda na gestão de José Augusto Araújo de Noronha”, disse o presidente da CAAPR, Fabiano Baracat. Ele lembrou ainda que atualmente o grupo também vem apresentando uma peça no projeto OAB Cidadania, ensinando às crianças nas escolas sobre a Constituição e seus direitos.
O conselheiro seccional, André Luiz Nunes da Silva, pai da pequena atriz, também se manifestou. “A Manu é uma pessoa muito especial, muito atenta. Seu nome é Manu Manuela. Todos com quem ela convive fazem parte da sua família, a família Manuela… as bonecas, as galinhas e os cachorros… Agora também a OAB Paraná faz parte da família Manuela”, disse o advogado.

Reencontro

“O teatro mostra uma visão lúdica e diferente do mundo. Têm muito em comum, são duas faces de uma mesma moeda. Tanto na advocacia quanto no teatro, é preciso ter muita dedicação, muito respeito, muita curiosidade e muita necessidade de conhecer a condição humana”, afirmou Eunice Fumagali, que falou em nome do grupo de teatro.
A advogada, que já atuou em diversas frentes da seccional, como conselheira e presidente do Tribunal de Ética e Disciplina contou como foi seu reencontro com a arte por meio do teatro. “Sempre enxerguei a advocacia e o magistério como vocação. Foi uma longa caminhada de aprendizado permanente, sempre agarrada à OAB. Aprendi a ter um respeito muito grande por essa instituição”, relatou. “Há algum tempo resolvi resgatar paixões muito antigas. Publiquei algumas obras autônomas e queria voltar ao teatro, uma paixão de juventude. Eu não sabia aonde ir, como me inserir. E fiquei sabendo do curso da minha Caixa de Assistência, da minha OAB! Podem imaginar a segurança que senti? Porque eu estava em casa, na minha casa”, concluiu.

Valor da arte

A diretora de prerrogativas, Marion Bach, elogiou a iniciativa. “Quero fazer uma homenagem à arte que cada um de vocês prestou nessa conferência. Ela então parafraseou um livro de poemas que leu recentemente, “Vamos comprar um poeta”, de Afonso Cruz: “Posso dizer que uma janela é só uma janela, mas isso toda a gente já sabe. Com a [arte], posso dizer que janela é um bocado de mar ou uma cotovia a voar”.
O conselheiro federal e ouvidor nacional da OAB, José Augusto Araújo de Noronha, ressaltou a importância da arte relembrando o que aprendeu com sua mãe, que é professora de história da arte. “A vida sem arte é muito mais sem graça e muito mais difícil”, afirmou. Ele também aproveitou o ensejo para homenagear Cezar Britto, que definiu como “o artista dos advogados e o advogado artista”. Ele relembrou ainda que, na Conferência Nacional da Advocacia de 2011, realizada também em Curitiba, a advocacia teve a oportunidade de prestigiar uma peça de Britto, que abordava liberdades. “Que sorte ter no Conselho Federal um ex-presidente tão participativo e que defende a democracia da forma que defende”, concluiu Noronha.

Com informações da OAB Paraná.